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quinta-feira, 8 de setembro de 2016

ENSINO MÉDIO TÊM O PIOR DESEMPENHO DESDE 2005 EM MATEMÁTICA.


Apu Gomes/Folhapress
Alunos do 1º ano do ensino médio têm aula de matemática em SP
Alunos do 1º ano do ensino médio têm aula de matemática em SP
O nível de aprendizado dos estudantes brasileiros no ensino médio piorou em matemática e chegou, em 2015, ao pior resultado desde 2005, início da série histórica do Saeb (Sistema de Avaliação da Educação Básica).
A nota da etapa em português subiu, mas a situação ainda é de estagnação.
Por outro lado, o país melhorou o desempenho das duas disciplinas nos dois ciclos do ensino fundamental. O avanço é maior no 5º ano.
As médias nas avaliações do Saeb foram obtidas pela Folha. Junto com as taxas de fluxo (reprovação e evasão), as notas na prova compõem o Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica).
A previsão é que os dados do Ideb de 2015 sejam divulgados nesta quinta-feira (8) pelo Ministério da Educação.
O Ideb é calculado a cada dois anos, com as médias do Brasil, Estados, municípios e por escola. Os últimos indicadores disponíveis até agora se referem a 2013.

INADEQUADO
Os resultados nas avaliações de português (leitura) e matemática reforçam as dificuldades do país no ensino médio. Apesar da melhora em português, que passou de 264 para 267, o indicador fica abaixo do apurado em 2011.
O nível considerado adequado para essa etapa é de 300, segundo critério do Movimento Todos Pela Educação. Abaixo disso, os alunos não são capazes de, por exemplo, identificar informação implícita em textos poéticos mais complexos, como poemas modernistas.
A situação mais grave é em matemática, tendo uma segunda queda consecutiva. A última evolução nessa disciplina foi em 2009.

Enquanto o índice adequado é 350, os estudantes brasileiros alcançaram, na média, a nota 267. Em 2013, o resultado havia ficado em 270.
De acordo com a escala de proficiência do Saeb, os estudantes não seriam capazes, por exemplo, de fazer cálculos simples de probabilidade.
Participaram da avaliação em 2015 todas as escolas públicas com, pelo menos, 20 estudantes no 5º e 9º anos. No ensino médio, a aplicação é por amostragem (por isso, não há divulgação de Ideb por escola dessa etapa).
Para Mozart Neves Ramos, diretor do Instituto Ayrton Senna, o ensino médio chegou ao "fundo do poço". "Não dá mais para esperar, é preciso mudanças. A boa notícia é que há caminhos a seguir, como escola de tempo integral."
Ramos ressalta que a piora em matemática é mais séria, por colocar em risco o desenvolvimento de áreas como engenharia e tecnologia.
A presidente do Movimento Todos Pela Educação, Priscila Cruz, diz que será difícil o país melhorar os indicadores mantendo a estrutura atual do ensino médio, com 13 disciplinas fixas.
"A reforma e a flexibilização da etapa [em discussão no Congresso] são um passo importante", diz. "Mas o [ensino] médio ainda sofre com o acúmulo de defasagens dos anos anteriores. Em salas de 40 alunos, cada um com uma dificuldade, fica difícil."
FUNDAMENTAL
O Brasil manteve em 2015 uma tendência de avanço nos anos iniciais do fundamental (até o 5º ano) registrada desde 2007. As duas disciplinas melhoraram nesse caso.
Nos anos finais do fundamental (6º ao 9º ano), houve uma pequena reação à estagnação vista de 2011 a 2013.
Português passou de 246 para 252 e matemática, de 252 para 256. É considerado adequado 275 em português e 300 em matemática.
Com esses níveis, os estudantes brasileiros do 9º ano não teriam competência para inferir efeitos de ironia ou humor em narrativas curtas e para resolver problemas matemáticos com apoio de recurso gráfico, envolvendo noções de porcentagem.
PORTUGUÊS
O avanço que o país registrou em português no 5º ano do ensino fundamental na avaliação federal de 2015 fez com que, pela primeira vez, a nota média dos estudantes brasileiros superasse o indicador considerado adequado para essa etapa.
Os dados do Saeb (Sistema de Avaliação da Educação Básica) de 2015 mostram um avanço de 12 pontos no desempenho de língua portuguesa (a prova realizada é de leitura). A nota passou de 196 para 208 —o maior salto desde 2005, início da série histórica da avaliação.
O parâmetro considerado adequado é de 200 para essa etapa, segundo critério desenhado pelo Movimento Todos Pela Educação.
Em matemática, o indicador passou de 211, em 2013, para 219, em 2015. Nessa disciplina, a média brasileira ainda está abaixo do que seria esperado. Com esse desempenho, os estudantes ainda têm dificuldades de ler informações e dados apresentados em tabelas.
Para o professor Rubem Klein, consultor da Cesgranrio e especialista em avaliação, o avanço obtido, sobretudo em português, pode ser considerado bastante positivo. "Houve um bom ganho inicial. Tomara que essa geração produza melhoria nos anos seguintes", disse.
Priscila Cruz, do Todos Pela Educação, afirma que os resultados podem ser reflexo de uma atenção maior que o país deu para a alfabetização.
"Essa preocupação cresceu muito nos últimos três ou quatro anos. Mesmo que os níveis de alfabetização ainda não sejam os melhores, há um reflexo", diz.
Em 2011, o governo federal, na gestão da presidente Dilma Rousseff, lançou o PNAic (Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa). De acordo com dados da última ANA (Avaliação Nacional de Alfabetização), menos de 50% das crianças brasileiras até 8 anos estavam completamente alfabetizadas. A última avaliação é de 2014.
NÚMEROS
Cruz pondera, entretanto, que a mesma priorização que tem ocorrido na alfabetização não ocorreu com o ensino de matemática. "Essa mesma importância não é dada para matemática, por isso não tem resultado tão bons", diz. "Há uma dificuldade maior entre os professores, que já não tiveram uma boa formação na área", completa.
Apesar de mostrar uma variação positiva nos anos finais do ensino fundamental (9º ano), ainda não há reflexo nessa etapa da melhora dos últimos indicadores no primeiro ciclo.
"Só com melhora dos resultados do ciclo 2 é que poderemos pensar em melhoria do ensino médio", diz Rubem Klein, da Cesgranrio. "A verdade é que nos [anos] finais e no [ensino] médio, a situação toda é de estagnação".
MUDANÇAS
Uma das apostas de especialistas para que os níveis de aprendizagem dos estudantes melhorem é a criação da Base Nacional Comum Curricular. Uma segunda versão do texto está em fase de revisão pelo Ministério da Educação e pelos Estados.
O documento vai definir o que os estudantes devem aprender a cada ano. Os parâmetros existentes são considerados muito genéricos.
A própria avaliação do Saeb deveria ser inspirada na base curricular.
O documento deve ficar pronto até o final do ano, com exceção do texto do ensino médio. Esse bloco só será finalizado após definição da reforma da etapa, em discussão no Congresso Nacional.
O MEC informou que só se posicionará sobre resultados educacionais nesta quinta-feira (8).

Fonte: Folha de SP

terça-feira, 6 de setembro de 2016

Quem lê vive mais.


Foto: Divulgação
Foto: Divulgação
Agência Brasil
Leitura de revistas, jornais e, principalmente, de livros prolonga a vida
Quer ter uma vida mais longa? Desligue o seu smartphone, deixe o aplicativo de mensagens e as redes sociais de lado e vá ler um livro. A recomendação é a conclusão de um estudo publicado este mês na revista científica “Social Science and Medicine”. De acordo com a pesquisa, quem cultiva o hábito da leitura diária vive mais. Para chegar ao resultado, cientistas da Escola de Saúde Pública da Universidade de Yale, umas das mais prestigiadas dos Estados Unidos, analisaram dados de 3.635 pessoas acima dos 60 anos que informaram sobre seus hábitos alimentares, de exercícios e, claro, de leitura, entre outros.
Durante a pesquisa, os participantes foram divididos, a partir das informações prestadas, em três grupos: os que leem até três horas e meia por semana, os que leem mais que isso e os que nunca leem. Depois de analisarem outros fatores como idade, gênero, educação e renda, a equipe descobriu que, em geral, quem lê livros vive até dois anos a mais que quem não lê nada. Os benefícios sobem de acordo com o tempo você gasta lendo durante a semana. Ler jornais e revistas também ajuda, mas os livros ficam no topo da lista. “Livros davam um benefício maior que ler jornais ou revistas. Descobrimos que esse efeito é porque livros ‘interagem’ mais com a mente do leitor, beneficiando mais os processos cognitivos e, assim, aumentando o tempo de vida”, afirma no trabalho a pesquisadora Avni Bavishi.
Comportamento
Outra pesquisa, feita pela Universidade de Nova York (NYU) em parceria com o Instituto Alfa e Beto (IAB) e o IDados, revelou que a rotina de ler para os filhos traz ganhos como 14% de incremento no vocabulário das crianças, 27% de aumento na memória de trabalho, além de crescimento de 25% no índice de crianças sem problemas de comportamento.
A pesquisa foi realizada com 1.250 responsáveis e 1.250 crianças do município de Boa Vista, em Roraima, onde a administração municipal em parceria com o IAB desenvolve o programa “Família que acolhe”, que promove políticas públicas voltadas para a primeira infância na rede municipal integrando as áreas de saúde, assistência social e educação.
“As diferenças nas crianças que leem com os pais são impressionantes. Tanto do ponto de vista de objetivos como vocabulário, como aspectos cognitivos da memória, e também comportamentais. Essa prática reduz a violência e o tratamento brusco em relação à criança. Os responsáveis aprendem a discutir as questões, dá a eles mais instrumentos que não só a chibatada”, comenta o presidente do Instituto Alfa e Beto, João Batista Oliveira.
O relatório aponta ainda para um melhor desenvolvimento fonológico das crianças, que auxilia na hora da alfabetização e ocorrência de menos punição física por parte dos pais, que aprendem a conversar com os filhos e buscar novas maneiras de resolver as questões.

Veja os riscos de jantar depois das 19h.

Pesquisa revelou que a alimentação dentro de duas horas antes de dormir mantém a pressão elevada - Foto: Divulgação
Pesquisa revelou que a alimentação dentro de duas horas antes de dormir mantém a pressão elevada - Foto: Divulgação


Agência Brasil

Pessoas que comem tarde têm mais chances de não reduzirem a pressão durante o sono
A hora que se come pode ser mais importante do que a escolha dos alimentos ingeridos, indica estudo apresentado nesta semana no congresso da Sociedade Europeia de Cardiologia, em Roma, na Itália. De acordo com Ebru Özpelit, pesquisadora da Universidade Dokuz Eylül, na Turquia, jantar menos de duas horas antes de dormir provoca grande impacto sobre a pressão arterial, sendo mais danoso que o risco de uma dieta com muito sódio.
“Nós devemos definir a frequência ideal e os horários das refeições porque como nós comemos pode ser tão importante como o que nós comemos”, disse Ebru, ao jornal britânico “Telegraph”. “Tomar café da manhã é importante, nós devemos tomar um forte café da manhã, e não devemos pular o almoço. O jantar deve ser pequeno, e não depois das 19h”, acrescentou.
O estudo foi conduzido com mais de 721 pacientes hipertensos, com idade média de 53 anos, e revelou que a alimentação dentro de duas horas antes de dormir mantém a pressão elevada. Segundo os especialistas, isso pode ser explicado porque o ato de comer libera hormônios que estressam o organismo, quando ele deveria estar começando a relaxar. Pessoas que não veem a pressão sanguínea diminuir durante a noite possuem chances muito maiores de morte relacionadas a problemas cardíacos. “Se nós comemos muito tarde, o corpo essencialmente se mantém alerta como durante o dia, em vez de relaxar para o sono”, resumiu Ebru.
Os resultados apontam que os pacientes que comem sem um intervalo de duas horas antes de irem dormir têm 2,8 mais chances de manter a pressão alta durante a noite. Por serem hipertensos, essas pessoas já possuem maiores riscos de problemas cardíacos, mas se a pressão não diminuir durante o sono, os riscos são maiores ainda. “É mais perigoso. Se a pressão sanguínea não cair mais de 10% (durante o sono), isso aumenta os riscos cardiovasculares e os pacientes têm maiores chances de ataques cardíacos, AVCs e doenças crônicas”, alertou.

domingo, 4 de setembro de 2016

Ação humana pôs fim ao Holoceno? "Vivemos uma nova época geológica"


Fonte: UOL
Starr/Nasa
  • Para grupo de especialistas, impacto da ação humana sobre o planeta pôs fim ao Holoceno e marca início de nova época, o Antropoceno
    Para grupo de especialistas, impacto da ação humana sobre o planeta pôs fim ao Holoceno e marca início de nova época, o Antropoceno
A ação do homem sobre a Terra é tão impactante que justificaria a declaração de uma nova época geológica, segundo acredita um grupo internacional de cientistas. A recomendação foi apresentada na segunda-feira (29) ao Congresso Internacional de Geologia, que ocorre na África do Sul.
Para os especialistas, a época denominada Antropoceno, ou "Nova Idade do Homem", teria se iniciado em meados do século 20, entre as décadas de 40 e 50, quando houve dispersão de material radioativo após testes com bombas nucleares, o que causou impacto significativo no planeta.
Segundo os cientistas, porém, há uma série de outros sinais que podem servir de justificativa para a declaração de uma nova época, como a poluição por plástico, a fuligem do ar e até mesmo as ossadas deixadas pela proliferação global de galinhas domésticas, criadas para alimentar a população.
Especialistas se referem ao período desde os anos 50 como a "Grande Aceleração", e uma olhada nos gráficos que mostram as mudanças químicas e socioeconômicas na Terra a partir dessa data deixa evidente o porquê de tal denominação.
As concentrações de dióxido de carbono, metano e ozônio estratosférico no ar, as temperaturas da superfície terrestre, a acidificação dos oceanos, a captura de peixes marinhos, as perdas de floresta tropical, o crescimento populacional, a construção de grandes barragens, o turismo internacional --todos esses indicadores decolaram a partir de meados do século 20.
Para os cientistas, um dos principais culpados é o aquecimento global, impulsionado pela queima de combustíveis fósseis:
Muitas dessas mudanças são duradouras geologicamente, e algumas são praticamente irreversíveis
Para que o Antropoceno seja de fato declarado realidade, a recomendação do grupo de cientistas --denominado Working Group on the Anthropocene (WGA)-- precisa ser aprovada oficialmente, o que pode levar pelo menos dois anos, já que exige a ratificação de vários organismos acadêmicos.
Os geólogos dividem a história da Terra em distintas épocas. Atualmente, segundo o consenso vigente, vive-se o Holoceno, que teve início há quase 12 mil anos com o fim da última era glacial.
O termo Antropoceno foi introduzido nos anos 2000 pelo biólogo americano Eugene Stoermer e pelo meteorologista holandês Paul Crutzen. Desde então, a denominação é constantemente utilizada no meio acadêmico e defendida por muitos grupos de cientistas, apesar de não-oficial.
Conheça os locais com as temperaturas mais extremas do mundo
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De -89° C a 57°C: conheça locais com as temperaturas mais extremas do mundo17 fotos

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SARMIENTO (ARGENTINA), -32°C: Foi na Patagônia argentina que foi registrada a menor temperatura da América Latina. Em 1º de junho de 1907, os termômetros marcaram -32°C na cidade de Sarmiento, na província de Chubut. O clima é frio e seco. As temperaturas costumam ficar próximas a 0°C durante o invernoImagem: Maxtdf/Flickr/Creative Commons



sexta-feira, 2 de setembro de 2016

Segundo IBGE, população idosa vai triplicar no Brasil em 40 anos.



Em 40 anos, população idosa vai triplicar no Brasil, aponta IBGE Cristiano Estrela/Agencia RBS


   
O número de crianças será cada vez menor e de idosos, crescente
Foto: Cristiano Estrela / Agencia RBS

Publicação lançada nesta segunda-feira, 29, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra que, em 40 anos, a população idosa vai triplicar no Brasil e passará de 19,6 milhões (10% da população brasileira), em 2010, para 66,5 milhões de pessoas, em 2050 (29,3%).
As estimativas são de que a "virada" no perfil da população acontecerá em 2030, quando o número absoluto e o porcentual de brasileiros com 60 anos ou mais de idade vão ultrapassar o de crianças de 0 a 14 anos. Daqui a 14 anos, os idosos chegarão a 41,5 milhões (18% da população) e as crianças serão 39,2 milhões, ou 17,6%, segundo estimativas do IBGE.
Dividido em nove capítulos, o livro "Brasil, uma visão geográfica e ambiental do século XXI", traz, no capítulo 2, uma análise dos efeitos de fenômenos como o aumento da expectativa de vida do brasileiro e a redução da taxa de fecundidade (número de filhos por mulher) que, combinados, mudaram o perfil etário da população.

O aumento do número de idosos associado à redução das crianças implica em mudanças profundas em políticas públicas de saúde, assistência social e Previdência, entre outras, destaca o capítulo escrito pelo demógrafo Celso Simões. A mudança nas regras de concessão de aposentadoria tem sido um dos principais pontos de discussão do governo do presidente em exercício Michel Temer. 
A tese do governo é de que, se não for adiada a aposentadoria dos trabalhadores brasileiros, o sistema previdenciário entrará em colapso e não haverá recursos para honrar os benefícios no médio prazo. O principal argumento do governo é o aumento da expectativa de vida do brasileiro, que passou de 62,5 anos em 1980 para 70,4 anos em 2000 e 75,2 anos em 2014.
"Os dados sobre o aumento da esperança de vida ao nascer e os impactos da forte redução da fecundidade (...) apontam claramente para um processo de envelhecimento populacional no País, o que vai exigir novas prioridades na área das políticas públicas. Como exemplo dessas prioridades, destaca-se, dentro de um plano, a formação urgente de recursos humanos para o atendimento geriátrico e gerontológico, além de providências a serem adotadas com relação à previdência social, que deverá se adequar a essa nova configuração demográfica, além de melhorias urgentes nas redes de atendimento hospitalar, ajustando-as a esta nova configuração populacional que tende a um crescimento cada vez mais intenso", diz o texto.
"A não adequação da estrutura de saúde e econômica a essa nova realidade, por certo, trará efeitos negativos sobre a qualidade de vida da população brasileira que está vivenciando o processo de transição, onde, em curto e médio prazos, os idosos serão a grande maioria, com necessidades altamente diferenciadas em relação à situação anterior", afirma o estudo.


redução do número de filhos por mulher se acentuou de forma rápida nos anos 1980. A taxa de fecundidade passou de 6,16 filhos por mulher em 1940 para 4,35 em 1980, 2,39 em 2000 e 1,7 em 2014.
"Trata-se de um rápido e espetacular declínio, num espaço de tempo bastante reduzido (34 anos), quando comparado à experiência vivenciada pelos países desenvolvidos, cujo processo teve uma duração superior a um século para atingir patamares similares", destaca a publicação do IBGE.
A atual taxa de fecundidade está, desde 2010, abaixo do nível de reposição populacional, de 2,1 filhos por mulher. Outros estudos do IBGE apontam que, se for mantido o ritmo de queda, o país terá aumento de população até 2030, quando a tendência será de estabilização e, por volta de 2040, o número absoluto de brasileiros poderá diminuir. O número de crianças será cada vez menor e de idosos, crescente.
Fonte:Diário Catarinense

segunda-feira, 22 de agosto de 2016

URE CHAPADINHA PROMOVE REVISÕES PARA ALUNOS DAS ESCOLAS PÚBLICAS INSCRITOS NO ENEM.


                Abertura do Projeto "Fique Bem no ENEM" 

Estar bem preparado, no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), faz toda a diferença. Pensando nisso, a URE - Chapadinha iniciou neste sábado 20/08 seu projeto “Fique Bem no ENEM”, uma revisão para o Enem 2016. Os alunos terão a oportunidade de aprender novos conteúdos, esclarecer dúvidas, além de revisar os principais temas que devem ser abordados na prova desse ano.

Mais de 300 alunos foram inscritos no ENEM deste ano das escolas estaduais do município de Chapadinha e durante 09 sábados, iniciando no dia 20 de agosto com encerramento previsto para o dia 29 de outubro, poderão participar das revisões oferecidas. As aulas acontecem sempre aos sábados, das 14h às 18h no auditório da Universidade Federal do Maranhão (UFMA). A cada sábado 2 (duas) ou 3 (três) disciplinas serão revisadas.

Esse tipo de encontro é fundamental para que o aluno se sinta motivado e seguro na hora da prova. Com revisões, dicas, macetes e acesso a questões das outras edições do Enem, há uma maior e melhor preparação do estudante que vai participar do exame.

Na abertura a Gestora Regional Profª Leodenes Baggio elogiou o interesse dos estudantes e pediu empenho e que aproveitem mais esta oportunidade. A Diretora de Educação da URE Profª Henajéria Cristina falou sobre a importância do projeto para os estudantes.

Próximo sábado teremos o segundo encontro, a saída dos alunos acontecerá a 1h e 10min. dos C. E. Raimundo Araújo e do C. E. Bandeirantes.  
Gestora Leodenes Baggio

Henajéria e Francilene (Diretora e Técnica da URE)
 Equipe da URE e Gestores das Escolas








Prof. Alexson de Carvalho (matemática)





domingo, 21 de agosto de 2016

Quando os elogios podem ser prejudiciais.

Entenda a diferença entre os bons e os maus elogios.
Foto: Bigstock.
Foto: Bigstock.
Todo mundo gosta de receber elogios, ainda mais em tempos em que as cobranças com imagem e resultado são muito maiores. Querer ser mais magro, forte, bem sucedido ou ganhar mais gera cobranças excessivas e não atingir os objetivos causafrustração. Nesse sentido, elogios e palavras de incentivos sinceros são muito importantes para manter-se motivada e confiante em sua forma de agir e pensar.
De acordo com a psicóloga Renata Quarezemin os elogios podem ser considerados uma forma de habilidade social. “É uma expressão de afeto positiva, uma forma de motivação e de incentivo que pode passar segurança e autoconfiança. Ela ajuda na construção da auto-estima e está presente em todas as relações: casal, pai e filho, amigos ou profissional. O importante, para ela, é que ele seja feito de forma sincera e que a sua motivação seja realmente especial, diferente de algo cotidiano.
“O reforço positivo significa a validação de determinada atitude, mostrando confiança em sua capacidade. Com isto, estimula-se a produtividade e o sentimento de alegria, o que contribui também para a formação de uma personalidade mais confiante”, afirma o psicólogo João Alexandre Borba.
No ambiente profissional, onde existe muita competitividade e uma maior necessidade de reconhecimento, ter um líder que demonstre constantemente confiança na equipe, pode ser capaz de transformar o rendimento e aumentar significativamente a produção dentro da empresa. “Quando o chefe acredita e elogia a equipe, esta passa a render muito mais. Há casos em que a melhora chega a três vezes mais do rendimento normal”, explica Borba.
Mas elogiar demais pode trazer um problema. “Quando você exagera nos elogios, você passa para o outro a ideia de que aquele elogio foge à realidade”, diz o psicólogo. Renata complementa explicando que elogios falsos não terão efeito ou podem interferir negativamente na autocrítica do elogiado.
falta de elogios e motivações pode, no entanto, afetar seriamente o desenvolvimento e a interação social. A medida certa é elogiar somente quando for notada uma mudança positiva no comportamento, atitude e pensamento de uma determinada pessoa.
Fonte:Gazeta do povo

domingo, 14 de agosto de 2016

Entenda por que você faz o que faz e como pode inserir novas atitudes na sua rotina de vida.

Mudar um comportamento repetitivo não é fácil, mas especialistas garantem: é possível. O segredo está em compreender os hábitos e traçar estratégias com foco nas recompensas futuras



Hábitos: entenda por que você faz o que faz e como pode inserir novas atitudes na sua rotina Arte ZH/Agencia RBS
Cerca de 40% das nossas atividades diárias são hábitos: não pensamos sobre, apenas fazemosFoto: Arte ZH / Agencia RBS
Pare um pouco. Pense na sua rotina. Lembre-se do que costuma comer assim que se levanta. Qual é o meio de transporte que você utiliza para chegar ao trabalho? Avalie se há exercícios físicos suficientes ao longo do seu dia. E o almoço com um primeiro prato farto seguido de um repeteco que não fica para trás? E aquele doce logo após a refeição? Já pensou se de repente houvesse uma atração melhor do que se jogar no sofá de casa no fim do expediente? Pode ser que você abuse um pouco do álcool quando sai com amigos. Que tal parar de postergar, fumar ou roer as unhas? Talvez a vida lhe seria mais leve se você contasse mais vezes até 10. Já pensou?
Provavelmente, não. Ou não muito, não é? A verdade é que, diante de tantos compromissos e responsabilidades, e pouco tempo para dar conta de todos eles, você vive ligado no piloto automático. E até já deve ter usado esta expressão. Só que talvez não saiba que ela faz tanto sentido: quase metade das ações que você realiza no seu dia não é pensada, de fato, antes de ser feita. São os hábitos que, mais precisamente, compõem 40% da sua rotina, conforme pesquisa da Universidade Duke, dos Estados Unidos. É como se por nove horas do seu dia você não refletisse sobre o que faz. Apenas faz. E continua fazendo, fazendo, e fazendo. 
Mas não pense que isso é de todo ruim. Seria impossível viver sem os hábitos. É somente por causa deles, por essas ações automatizadas, que sua mente é liberada para aprender coisas novas. Eles, portanto, facilitam o dia a dia. Quer dizer, facilitam quando fazem bem, a curto e a longo prazo. Isso porque, embora cada hábito signifique pouco por si só, ao longo do tempo faz uma tremenda diferença o que você come, como você trata as pessoas que o cercam, se poupa ou gasta dinheiro e a maneira como cuida do seu corpo. São atitudes que ressaltam suas virtudes ou defeitos e têm impacto direto na sua saúde, na sua vida profissional, financeira e, sobretudo, na sua felicidade. 
Esta reportagem é um convite a você fazer uma faxina no seus hábitos – que tal quebrar aqueles que não condizem mais com seu momento de vida ou que lhe fazem mal, e substituí-los por novos, saudáveis e tão prazerosos quanto? Sua rotina pode ser feita de ações que passaram pelo seu crivo, que você firmou como dignas da pessoa que você é e, assim, permitiu que ficassem. Não é missão fácil, mas possível. Por sorte, os hábitos, por mais arraigados que estejam, podem ser mudados – basta ter força de vontade e compreender os seus mecanismos. E, mais uma boa notícia: tem muita gente estudando, e em várias áreas do conhecimento, os hábitos alimentares, do sono, de boa forma e até de como mudar o humor ou a dinâmica de uma empresa. 
Como nasce uma rotina
Uma das principais premissas da ciência do hábito sustenta o livro O poder do hábito, publicado em 2012 pelo jornalista norte-americano Charles Duhigg, a partir de pesquisas de centros de excelência de países como Estados Unidos, Canadá, Reino Unido e Alemanha. É a seguinte: a melhor forma de mudar um hábito é substituí-lo por outro. Isso porque você nunca irá completamente perder um comportamento, mas pode reforçar outro – de forma que este segundo possa, cada vez mais, ocupar o lugar do primeiro. Parece difícil? Fica mais fácil quando se compreende a ¿fórmula¿ do hábito.
Conforme pesquisas do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), um centro de referência de estudo de tecnologias avançadas, o hábito é formado por uma sequência de três etapas (veja mais abaixo). Primeiro há uma deixa, um estímulo que manda o seu cérebro entrar em modo automático e indica qual hábito ele deve usar. Depois há uma rotina, que pode ser física, mental ou emocional. Finalmente, há uma recompensa, que ajuda seu cérebro a saber se vale a pena memorizar este ciclo específico para o futuro. Ao longo do tempo, este processo – deixa, rotina, recompensa; deixa, rotina, recompensa – se torna cada vez mais automático. A deixa e a recompensa entrelaçam-se até que surja um poderoso senso de antecipação e desejo. Este ciclo vira um padrão neurológico: nasce o hábito. 
Sai o cookie, fica a descontração
Para trazer este ciclo à vida real, conheça o exemplo do próprio Duhigg. Quando começou a escrever o livro, o repórter do jornal The New York Times passou a refletir sobre um comportamento que repetia diariamente por volta das 15h – e ao qual ele conferia o ganho de três quilos sobre a balança: comer cookies. Se você pensar em seus hábitos, facilmente identificará a etapa da rotina. No caso de Duhigg, saborear as bolachas no meio da tarde. Identificar a deixa e a recompensa, no entanto, pode ser mais complicado. E o jornalista precisou de alguns dias para entender qual era a anatomia do seu hábito.
Ele iniciou o processo anotando tudo o que fazia antes de se levantar de sua mesa de trabalho e ir até a cafeteria para comprar os ¿malditos¿ cookies. Verificou alguns padrões, dentre os quais, o principal: a vontade de comer o doce ocorria quando estava entediado. O tédio funcionava como um gatilho, a deixa para o cookie – o sentimento sempre batia à porta após Duhigg ter respondido os e-mails na volta do almoço. Em seguida, o repórter passou a pensar nas recompensas que tinha ao comer o tal do biscoito: saboreava o doce, batia um papo com conhecidos do café e, de quebra, dava um passeio pelo quarteirão. Mas qual dessas recompensas é a que fazia ele executar aquela rotina? Ele descobriu experimentando novas atitudes assim que o alarme do tédio soava. Em um dia, saiu para dar uma volta. No outro, comeu o doce. No terceiro, só tomou café e bateu papo. Assim, ele se deu conta de que o que procurava todas as tardes não eram bem os biscoitos, mas a descontração. E aí, Duhigg trocou os cookies pelas conversas sem doce, perdeu cinco quilos e, de quebra, manteve o prazer que buscava.
Veja: o tédio (deixa) continuou visitando Duhigg todas as tardes. E o anseio pela distração acabou sendo correspondido, trazendo o mesmo bem-estar que ele sentia antes (recompensa). O que mudou foi o intervalo entre esses dois momentos, ou seja, a rotina – em vez de comer cookie e conversar com amigos, o jornalista passou a conversar com amigos sem comer cookie. Segundo pesquisadores da ciência do hábito, é exatamente este o segredo da transformação de um comportamento: manter a velha deixa, oferecer a velha recompensa, mas inserir uma nova rotina, alterando o hábito. 
– A dificuldade decorre do fato de que nunca eliminamos completamente um hábito, apenas o enfraquecemos. Isso acontece porque um hábito é um padrão neuronal gravado. E quanto há mais tempo eu tenho esse hábito, mais tempo vou levar para quebrá-lo. A tendência é que eu continue querendo manter as mesmas rotinas. E aí, eu vou ter de lidar contra isso, fortalecendo o novo hábito para suprir aquela mesma deixa. É um grande esforço mental – explica RicardoWainer, psicólogo cognitivo-comportamental.
Por que é tão difícil quebrar velhos comportamentos?
Agora você já conhece a fórmula necessária para substituir um hábito por outro. E aí deve estar pensando: parece tão simples, só que é tão-tão-tão difícil. Você tem razão. É mesmo bem difícil – mas possível. A neurologia explica o por quê.Os hábitos estão diretamente ligados a um conjunto de estruturas cerebrais conhecido como sistema cerebral de recompensa (veja mais abaixo), que tem dois polos de funcionamento praticamente antagônicos: um deles está dedicado a fazer com que você mate todas as suas vontades o mais rápido possível; o outro, mais sofisticado, lhe faz ponderar e refletir sobre suas atitudes a longo prazo, podendo fazer com que você consiga ignorar um anseio em prol de um benefício futuro.


O primeiro polo, o que vai em direção à obtenção do prazer mais imediato, é o sistema límbico, presente em todos os animais e formado por estruturas muito antigas, que estão evoluindo há milhões de anos, garantindo uma enorme força biológica. Ele funciona como um diabinho no seu ombro: ¿Ai ai ai, que loucura esse sorvete, coisa mais linda, come, come, come, chocolate, calda, hmmm, esquece o seu plano verão 2016-17, come!¿. O segundo é constituído pelo córtex frontal, que segura as rédeas e nos oferece um plano mais consistente, baseado na antecipação de um cenário futuro: ¿Olha, você está de dieta, então pensa no seu objetivo lá na frente, em como você se sentirá melhor ao se olhar no espelho, não se entrega para este sorvete, ele nem é tudo isso que você está imaginando¿. Acontece que esse polo, diferentemente do outro, é bastante recente, tem apenas algumas centenas de milhares de anos, e alcançou um papel mais relevante na determinação do comportamento humano somente a partir do aparecimento dos primatas. Ou seja: essas estruturas pré-frontais, apesar de mais refinadas, são menos testadas e aprimoradas do que as outras. E, portanto, mais frágeis e suscetíveis às falhas.

É, é bem o que você está pensando: toda vez que você tem de tomar uma decisão, um conflito desigual se instaura dentro da sua cabeça. E aí é preciso de muita garra para fazer o que a razão, e não a emoção, manda.

– Em contato com estímulos externos, o cérebro gera desejos que, em condições normais, motivam o indivíduo a realizar um determinado comportamento que satisfaça aquela vontade. Só que esse comportamento pode ou não ocorrer. Depende daquilo se chama de ¿força de vontade¿, ou a capacidade da pessoa em não fazer o que parece muito prazeroso agora, mas vai trazer consequências ruins depois. Pensando no cérebro, esta ¿força de vontade¿ é a capacidade das estruturas mais nobres, mais racionais, modularem a ânsia dos sistemas emocionais, mais antigos e, muitas vezes, mais fortes – explica André Palmini, chefe do serviço de Neurologia do Hospital São Lucas da PUCRS e pesquisador de Neurociência do Instituto do Cérebro do Rio Grande do Sul (Inscer).
Coloque a inteligência para funcionar
E o que os hábitos têm a ver com isso? Ah, pois bem: os hábitos são exatamente essas vontades que não vão embora.  Elas não nasceram com você, mas após várias repetições, sempre recompensadas com a sensação de prazer, acabaram se tornando comportamentos armazenados na memória. E, por falar em prazer, no nível neurológico, ele pode ser entendido como a liberação de dopamina – substância neurotransmissora que ativa este sistema de recompensa. E isso ocorre onde? Exatamente nestas estruturas mais antigas e fortes, relacionadas aos anseios imediatos. 
– Alguém pode ter o hábito de tomar uma dose de uísque ao chegar em casa do trabalho. Outro está habituado a fumar um cigarro neste momento. Tem o outro que chegará em casa, trocará de roupa e irá para a academia. São ações que viraram hábito porque fazem, em alguma medida, bem para elas. Estas pessoas, entre fazer A e B, diante de uma situação, escolhem sempre A e não B. Isso porque o cérebro delas está ligado à ação A, que é vista como uma recompensa garantida: a experiência A certamente ativa o sistema de recompensa, fazendo com que se tenha bem-estar – diz o neurologista.
O segredo para quebrar este hábito e conseguir escolher B e não A, para o pesquisador, é botar a inteligência (ou o córtex-frontal) para trabalhar. Os estudos são bem claros neste sentido: não há maneira de mudar um hábito sem encarar este processo de forma consciente, com força de vontade e estratégias eficientes.
– Para quebrar um hábito ou impedir que ele se forme, você terá que reeducar os sistema de recompensa. Ele vai ter de entender que não tomar uísque é mais recompensador do que tomar. Com esta ação repetitiva, o cérebro passará a liberar dopamina quando realizados os novos comportamentos, cada vez  competidores mais fortes na disputa com os velhos – complementa Palmini.
Uma questão de tempo
O cérebro funciona o tempo todo olhando ao mesmo tempo para trás – o passado, as experiências anteriores e o que resultou delas – e para a frente, para o futuro. Esta síntese constante "passado-futuro" é o que determina os comportamentos presentes. A possibilidade de mudar hábitos depende de uma valorização das consequências futuras. Para isso contamos com o lobo frontal, onde está localizado o córtex-frontal, que é a "casa do futuro" no cérebro – uma região com neurônios especializados em trazer o futuro para perto do presente e, assim, decidir hoje, pensando no amanhã.
Posso escapar de vez em quando?
Cabe um aviso bem importante: ter bons hábitos é fundamental para um presente legal e um futuro melhor ainda. Só que a vida pode perder parte da graça sem um sorvete de vez em quando, um docinho de sobremesa em um dia especial ou uma eventual troca da academia pelo happy hour com os amigos. Os bons hábitos, por mais saudáveis que pareçam, só serão realmente bons enquanto não virarem aprisionamento.
Dorli Kamkhagi é doutora em Psicologia e pesquisadora do Instituto de Psiquiatria da Universidade de São Paulo. Brincando, ela define-se como "um pouco anarquista" em relação às rotinas da vida. Para ela, poder escapar dos hábitos vez que outra é tão importante quanto segui-lo:
– É maravilhoso acordar, tomar um bom café da manhã, ir na academia, e depois para o trabalho. Mas até que ponto eu não posso me permitir de deixar tudo isso de lado, dormir um dia até mais tarde, e também me sentir bem? A gente precisa saber negociar com a vida. Hábitos não podem ser cárceres, se não, nos tornamos pessoas rígidas, cruéis com a gente mesmo e também com quem vive ao nosso lado, acredita a especialista.
No escritório de Dorli, entram diariamente casais que enfrentam "brigas absurdas" pelo simples fato de não querer abrir mão de costumes. Enfrentam-se porque um deles, necessariamente, e sem motivo algum, precisa tomar banho antes do outro. Porque o segundo tem a mania de dobrar o cobertor para baixo dos pés durante a noite, e o primeiro só dorme com a coberta esticadinha sobre o corpo. 
– Ter inteligência emocional é também ter capacidade de repensar nossas rotinas rígidas. A busca por um movimento é saudável, sair de alguns hábitos também, principalmente quando eles deixam de ser criativos e passam a ser repetitivos. Hábitos têm de ser provenientes de escolhas e desejos conscientes, aquilo que você realmente quer para você. Aí a recompensa passa a ser o nosso próprio crescimento – afirma Dorli.
Por: Bruna Scirea